Significado de algumas palavras presentes no texto das páginas
Acidófilo | Componente da célula ou da matriz extra-celular que tem afinidade por corantes chamados ácidos. Geralmente são estruturas contendo muitas proteínas, por exemplo, o citosol, as mitocôndrias, as fibras colágenas. Exemplos de corantes ácidos ou que se comportam como corantes ácidos: eosina, floxina, orange G. |
Aferente e eferente | Aferente é uma estrutura (p. ex. um vaso sanguíneo ou um ramo nervoso) que chega a outra estrutura ou órgão trazendo material ou informação (p. ex. sangue, impulso nervoso). Eferente tem significado oposto: uma estrutura que sai de uma estrutura ou órgão e leva material ou informação (p. ex. sangue, impulso nervoso). No caso de nervos ou feixes de axônios o ponto de referência é sempre o sistema nervoso central: nervos ou feixes aferentes deixam o SNC e os aferentes chegam a ele. No caso de órgãos ou outras estruturas (por exemplo um osso), os termos se referem ao próprio órgão ou estrutura. Por exemplo: os linfonodos recebem vasos linfáticos aferentes – que trazem linfa àquele linfonodo – e enviam linfa por vasos linfáticos eferentes – que transportam linfa do linfonodo para outra estrutura. |
Ácino | Um tipo de unidade secretora de glândulas exócrinas de forma esférica ou oval, formada por células secretoras cuja forma geral tende a ser piramidal ou piriforme (em forma de pera). No centro do ácino existe um lúmen que geralmente é muito pequeno e de visualização não muito fácil ao microscópio de luz. |
Apical (região ou superfície) | Referente ao ápice de uma célula. Usado principalmente em relação a células epiteliais para indicar a região da célula afastada da membrana basal, voltada para uma cavidade. Membrana apical – é a membrana plasmática que reveste a região apical de uma célula. Superfície apical é superfície referente à região apical da célula. Como frequentemente está voltada para uma cavidade, pode também ser denominada superfície livre da célula. Ver Basal e Polaridade. |
Artefato de técnica | Alteração artificial e involuntária introduzida em uma estrutura durante qualquer etapa do seu processamento para obtenção de preparados histológicos. |
Avascular | Estrutura que não é irrigada por vasos sanguíneos e que para sua nutrição depende de difusão de nutrientes e gases a partir de vasos que estão próximos. |
Basal (região ou superfície) | Referente à base de uma célula. Usado principalmente em relação a células epiteliais para indicar a região da célula próxima da membrana basal. Nas células secretoras, frequentemente contém grande quantidade de retículo endoplasmático granuloso (ergastoplasma). Membrana basal – é a membrana plasmática que reveste a região basal de uma célula, voltada para a lâmina basal. Não confundir o nome desta região de membrana com a membrana basal. Esta é uma estrutura extracelular e constituída de macromoléculas. Ver Apical e Polaridade. |
Baso-lateral (superfície) | Refere-se à porção de membrana plasmática que reveste a região basal e as paredes laterais de células epiteliais. Ver Polaridade. |
Basófilo | Componente da célula ou da matriz extra-celular que tem afinidade por corantes chamados basicos. Geralmente são estruturas contendo muitos radicais ácidos, por exemplo, o núcleo, o nucléolo, a matriz cartilaginosa. Exemplos de corantes básicos ou que se comportam como corantes básicos: hematoxilina, azul de toluidina. |
Duto excretor | Túbulo que nas glândulas exócrinas conduz a secreção desde a unidade secretora até sua saída na superfície do corpo ou em uma cavidade interna. |
Endocitose | Entrada de líquido para o interior da célula por formação de vesículas na sua membrana externa. As vesículas se desprendem da superfície, são internalizadas e transportadas pelo citoplasma. |
Endotélio | Epitélio simples pavimentoso que reveste internamente os vasos sanguíneos e linfáticos. |
Estroma | É o conjunto de células e, principalmente, de componentes da matriz extracelular que suporta o parênquima de um órgão. Ver Parênquima. |
Exocitose | Saída de substâncias da célula por meio de vesículas que se fundem com a membrana celular e lançam seu conteúdo para o meio extracelular. |
Glândula mucosa | Glândula cuja secreção é viscosa e constituída de grande quantidade de mucinas. As células destas glândulas geralmente têm citoplasma basófilo pouco corado e núcleos de cromatina bastante densa situados na base da célula. As unidades secretoras destas glândulas frequentemente tem a forma de túbulos únicos ou ramificados. |
Glândula serosa | Glândula cuja secreção é bastante líquida e constituída de grande quantidade de proteínas. As suas células tem citoplasma acidófilo, geralmente contendo grãos de secreção. As unidades secretoras destas glândulas frequentemente tem a forma de ácinos. |
Hilo | Hilo de um órgão é o local em sua superfície onde chegam e saem vasos sanguíneos, vasos linfáticos, nervos e dutos excretores se forem glândulas exócrinas. |
Lâmina basal | Lâmina ou película de macromoléculas situada no espaço extracelular, sobre a qual se apoiam células epiteliais e que envolve células musculares. Não é visível ao microscópio de luz. |
Lâmina própria | Nos sistemas digestivo, respiratório e urinário é o nome que se dá ao tecido conjuntivo subjacente ao epitélio. Geralmente é constituído de tecido conjuntivo propriamente dito do tipo frouxo. |
Lúmen | É a designação que se dá à cavidade central de órgãos ocos. Lúmen vascular, lúmen intestinal, lúmen de unidades secretoras de glândulas, lúmen de dutos etc. |
Membrana basal | Lâmina ou película constituída pela associação da lâmina basal com delgadas fibras reticulares do tecido conjuntivo, geralmente ancoradas à lâmina basal. Devido a sua espessura pode ser vista ao microscópio de luz, principalmente após utilização da técnica de PAS. |
Membrana mucosa | Também chamada simplesmente de mucosa. Conjunto formado pelo epitélio e pelo tecido conjuntivo que recobre internamente a superfície úmida de órgãos ocos do trato digestivo, do aparelho respiratório e do sistema uro-genital. O tecido conjuntivo das membranas mucosas é geralmente denominado lâmina própria. O termo membrana mucosa é freqüentemente simplificado para mucosa. Não confundir com : glândula mucosa, ácino mucoso ou túbulo mucoso. |
Membrana serosa | Também chamada simplesmente de serosa. Conjunto formado pelo mesotélio e pelo tecido conjuntivo que reveste internamente as grandes cavidades do corpo (derivadas das antigas cavidades celomáticas): cavidade pleural, pericárdica e peritoneal. Não confundir com : glândula serosa ou ácino seroso. |
Mesentério | Delgada membrana de tecido conjuntivo e mesotélio que prende as alças intestinais à parede da cavidade abdominal. Contém no seu interior vasos sanguíneos e linfáticos e nervos. |
Mesotélio | Epitélio simples pavimentoso que recobre as membranas serosas. Veja Membrana serosa. |
Metacromasia | Propriedade que tem certos corantes de corar estruturas em cor diferente da cor do corante. Isto se deve geralmente à presença de grande quantidade de moléculas na estrutura, que devem estar arranjadas de modo específico (por exemplo paralelamente). Um exemplo é o corante azul de toluidina que cora o núcleo e o ergastoplasma em azul e os grânulos de mastócitos em púrpura. |
Microvilosidade | Curta expansão microscópica da superfície celular em forma de dedo. Presente em diferentes quantidades em quase todas as células, especialmente células muito ativas em absorção, p. ex. células do revestimento intestinal. Não confundir com Vilosidades intestinais, prolongamentos macroscópicos da mucosa intestinal. |
Mucosa | Ver Membrana mucosa ou Glândula mucosa. |
Parênquima | É a parte funcional dos órgãos, o conjunto das células que exercem as funções características do órgão. Por exemplo: no fígado o parênquima é composto de hepatócitos; no pâncreas o parênquima é composto de células secretoras exócrinas e endócrinas. Oposto a Estroma. |
Região cortical | Região periférica ou superficial de um órgão. A palavra córtex se origina do latim e se refere à casca de uma árvore e por extensão a uma região superficial ou periférica. A cortiça obtida da casca de uma árvore denominada sobreiro, muito encontrada em Portugal, tem seu nome derivado da mesma palavra latina. |
Região medular | A palavra medula se origina do latim medulla e se refere a alguma coisa no centro ou no meio e por extensão à região interna de uma estrutura ou órgão. |
Serosa | Ver Membrana serosa ou Glândula serosa. |
Polaridade | Distribuição específica de organelas no citoplasma de células (principalmente epiteliais) de forma a definir diferentes regiões do citoplasma que têm funções específicas. As especializações da membrana plasmática também variam nas diferentes regiões de uma célula polarizada. Ver: Apical, Basal, Baso-lateral. |
Unidade secretora | A menor unidade funcional de glândulas exócrinas, responsável principal pela sua secreção. Termo aplicado principalmente a glândulas dos sistemas digestivo, respiratório, urinário e genital. A unidade secretora se continua com um pequeno duto excretor por onde flui a secreção. Os ácinos e túbulos secretores são exemplos de unidades secretoras. |
Vísceras | Órgãos e estruturas situadas na cavidade torácica, pleural e abdominal. Por extensão, abrange também órgãos do tubo digestivo relacionados à cavidade oral. |