Um corte transversal da aorta mostra em sua túnica média uma grande quantidade de linhas de material que se cora positivamente para fibras elásticas. Estas linhas são paralelas e concêntricas em relação à luz da aorta. Uma análise tridimensional mostrou que estas linhas são na realidade placas de material elástico. Não são, portanto, fibras, mas a sua constituição é semelhante à das fibras já vistas anteriormente.
As figuras mostram regiões da parede da aorta em três diferentes aumentos. Observe as placas de material elástico.
A importância desta grande quantidade de placas é a seguinte:
– após a sístole (contração) o coração lança um certo volume de sangue na aorta;
– neste momento a parede da aorta se dilata;
– após a passagem do sangue a parede volta a seu calibre anterior graças ao material elástico de suas paredes, até que ocorra a próxima sístole.
Com isto, após cada sístole há um certo aumento da pressão arterial (pressão sistólica) que logo depois volta para um nível inferior (pressão diastólica).
Veja o que aconteceria se a parede da aorta não passasse por este ciclo de ceder, dilatar e voltar ao calibre anterior:
– o fluxo do sangue se comportaria como se estivesse no interior de um tubo de paredes rígidas, como por exemplo um tubo de plástico que conduz água. A pressão na aorta subiria muito após a sístole e cairia muito durante a diástole.
– no restante das artérias e capilares o sangue avançaria aos saltos de sístole em sístole, em vez de manter o fluxo contínuo proporcionado pela elasticidade da parede da aorta.
Aorta. Coloração: Weigert. Aumento: Visão panorâmica, médio, grande.
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